Pele De Peixe Acelera Cura Da Queimadura

Pele de peixe acelera cura da queimadura, comprovada pelos cientistas brasileiros que elas são eficazes. Médicos brasileiros usam a pele de tilápia como bandagens para vítimas de queimaduras.

Tilápia é um prato favorito em todo o mundo, mas os médicos no Brasil recentemente descobriram um novo propósito para este abundante peixe.

A pele da tilápia agora está sendo usada como um tratamento para queimaduras graves da pele, pois a mesma está cheia de umidade e colágeno para ajudar a promover o processo de cicatrização.

Embora ainda na fase experimental, o processo está se revelando mais barato que os atuais tratamentos de queimadura.

Cientistas da Universidade Federal do Ceará estão usando pele de tilápia para tratar queimaduras graves na pele em vários pacientes.

A Pele Da Tilápia é Deixada Nos Pacientes Até Sua Própria Pele Começar a Cicatrizar.

pele de peixe

Foto cedida pela Reuters

A pele de peixe tem resistência, umidade, colágeno e níveis comparáveis ​​à pele humana e pode ajudar a acelerar o processo de cicatrização.

Além de ajudar com a cura, a pele de peixe também parece aliviar algumas das dores associadas a queimaduras graves.

Se for comprovadamente eficaz, este tratamento pode ser especialmente útil em áreas mais empobrecidas, que não tenham acesso imediato a medicações para a cicatrização de queimaduras.

“Tivemos uma grande surpresa quando vimos que a quantidade de proteínas de colágeno, tipos 1 e 3, que são muito importantes para a cicatrização, existe em grandes quantidades na pele da tilápia, muito mais do que na pele humana e em outras peles”. Dr. Edmar Maciel, um especialista em queimaduras do instituto, local onde está sendo desenvolvido todo o trabalho .

Por enquanto, o tratamento ainda está em testes clínicos. Embora os cientistas tenham usado a pele de tilápia para curar queimaduras em animais no passado, esta é a primeira vez que o método está sendo usado em seres humanos.

A Pele De Peixe Tilápia Alivia a Dor

O tratamento é usado em queimaduras de segundo e terceiro grau. Uma queimadura de segundo grau é muitas vezes caracterizada por bolhas e pele extremamente vermelha e dolorida.

Uma queimadura de segundo grau geralmente afeta a epiderme e a derme, as duas primeiras camadas da pele. As queimaduras de terceiro grau são mais graves e causam danos extremos a cada camada da pele.

Dependendo da gravidade das queimaduras, pode levar semanas a meses para que as queimaduras se curem, mas a pele da tilápia mostrou que pode acelerar esse processo.

Na maioria dos casos, a pele do peixe é simplesmente deixada na superfície queimada do paciente até sua própria pele começar a cicatriz.

No entanto, em casos de Queimadura, a pele da tilápia pode precisar ser trocada. No entanto isso é menos frequente, e menos doloroso também, de acordo com os pacientes.

Talvez um dos aspectos mais importantes deste tratamento experimental seja o baixo custo. No momento, os médicos costumam usar porco ou pele humana para ajudar a tratar queimaduras muito graves.

Infelizmente, nem todos os hospitais podem dar aos pacientes esses tratamentos e, em vez disso, devem cobrir as queimaduras com curativas.

Pele De Peixe, Foi Comprovado Que é Eficaz

Isso retarda o processo de cicatrização e é extremamente doloroso, pois as ataduras devem ser trocadas com frequência. A pele de Tilápia é muito menos dispendiosa do que outros tratamentos de queimadura, custando ainda menos que as ataduras de tecido.

De cada tilápia é possível extrair 400 cm2 de pele. O material removido é levado para fazer a retirada de resíduos de tecidos musculares. A pele da tilápia é depositada em um banho com  uma solução para a descontaminação

A pele é armazenada em envelopes esterilizados. Já no Instituto de Pesquisas em Energias Nucleares da USP, ela é irradiada por cobalto 60, que libera ondas eletromagnéticas capazes de exterminar organismos vivos.

Anvisa

Foram onze etapas até a pesquisa ser apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, em dezembro de 2015. A primeira etapa clínica da pesquisa, iniciada em humanos sadios para estudar se a pele de tilápia causava alergia ou sensibilidade, teve excelentes resultados, segundo os pesquisadores.

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